A psicologia clínica pressupõe pensar o sujeito nos diversos cenários em que este atua. Na dinâmica dos lugares que ele possa ocupar, é preciso considerar a premissa de que ele está para as suas relações, sejam quais forem, como aquele capaz de se responsabilizar pelos caminhos que deseja trilhar e objetivos que espera alcançar. Na perspectiva da sua relação com as instituições, talvez o contexto profissional tenha maior relevância quando pensamos no indivíduo que quer se responsabilizar pela interlocução das suas escolhas e dos recursos que ele dispõe para ocupar o território em que habita. O contexto profissional provoca o sujeito a assumir posicionamentos, não sem desafios. 

 

Daí a importância de pensar na atuação da psicologia clínica, na convivência do indivíduo com as interfaces da vida, principalmente no que concerne aos lugares que este ocupa enquanto desenvolve sua atividade profissional. O trabalho do psicólogo clínico se desenvolve baseado na perspectiva de que esta convivência possa estar alinhada tanto com os objetivos individuais quanto instituicionais, a partir do acesso a uma condição digna de existência, em que o trabalho possa representar, a possibilidade de criar laços com a vida. Reinventar a vida, passa pela dinâmica de pensar sua condição psicossocial. A contemporaneidade e o cenário socioeconômico nos convoca a repensar os modos de ocupação desses espaços, seja de forma autônoma, seja como colaborador nas instituições privadas ou públicas.

 

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